Dra. Rosângela Benetti Almeida*

Será?

Comecemos pela leitura do livro que encontramos – https://www.amazon.com.br/Incr%C3%ADvel-Metaverso-Internet-agr%C3%ADcola-metaverse-ebook/dp/B09L7WD8N6

E mais: é de graça!

Afinal, metaverso será o “Admirável Mundo Novo” ou a Ilha de Atlântida surgindo do fundo dos oceanos?

As pessoas não sabiam que a terra era redonda e que girava. Mas alguém foi lá a provou tudo isto.

Mas afinal que é de fato METAVERSO?

O fato é que Mark Zuckenberg vislumbrou algo forte e já mudou o nome da empresa de Facebook para Meta. Ele correu para dissociar a empresa da rede social Facebook e focar no metaverso.

Metaverso é a Internet 3.0, segundo especialistas. Ou seja, é o futuro da Internet.

Metaverso é um mundo digital, não é o mundo real. No metaverso haverá uma identidade digital que não será a nossa RG.

Não é uma conta digital, pois isto já existe. As contas em redes digitais é uma marca individual de cada usuário. Mas elas estão vinculadas e registradas á pessoas físicas.

A identidade de pessoa natural é o seu número do Registro Geral – RG; o Cadastro de Pessoa Física – CPF; podemos ter uma Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS. A pessoa física com estes registros pode abrir uma empresa, que vira uma Pessoa Jurídica – PJ.

No METAVERSO, haverá um número que será nossa identidade digital.

É claro que nós continuamos a nos alimentar e dormir fora do Metaverso, pode ser provocativo, mas é o real.

Contudo, o metaverso é um espaço e um tempo virtual construído sobre um mundo digital.

Ou seja, o metaverso é um mundo digital, no qual seres humanos participam e “vivem” como identidades digitais.

VIVER NUM MUNDO DIGITAL?

É a pergunta que não quer calar. Há várias formas que os seres humanos escolhem para “como viver”.

No metaverso, as escolhas seriam totalmente livres.

Sim, mas não podemos esquecer que para estarem no metaverso os seres humanos precisam de algum hardware, alguma plataforma, como nos jogos que são uma antessala do metaverso, segundo alguns estudiosos.

E ainda não sabemos os seus custos. Logo, seu acesso não será para todos. Depois de alcançado o acesso a pessoa poderá ser considerada livre, ou melhor, com a identidade digital haverá um ser digital totalmente livre.

E haveria a possibilidade de um ser humano ter mais do que uma identidade digital, pois para cada qual formaria sua “tribo”, trabalharia suas habilidades, desenvolveria seus interesses.

O metaverso geraria também um novo modo de produção. Hoje em dia estamos no modo de produção capitalista, sendo que alguns falam de um mundo líquido, outros falam de um mundo pós-moderno. Mas este é real.

As dúvidas que estão se colocando são de que forma alguma atividade no (do) metaverso pode rentabilizar, monetizar?

Como tratar os NFT, a nova moeda do mundo digital, ou seja, tokens não fungíveis? Se não são fungíveis, o que fazer com eles, como “funcionarão”?

Para especialistas podem ser fácil; mas para os leigos tudo isto ainda parece uma Idade Média de crenças e de pouca ciência. Hoje (ou no máximo amanhã) teremos, com certeza, outro Galileu Galilei, Giordano Bruno, Newton e outras feras.

Aqui, esboçamos algumas questões acerca do que se compreende ou que nós chegamos a compreender do que seja o metaverso, para que com sabedoria, sem sectarismo e sem preconceitos se inicie um frutífero debate.

*DRA. ROSÂNGELA BENETTI ALMEIDA é especialista em Direito Digital.